segunda-feira, 4 de março de 2013

vai

vai

larga a mão do pedestal,          
deixa no ar,
leve levando,
pra ver aonde..

a gente já ia..
bem além,
meu bem..

solta essa força
e vai,
tá valendo a escova que a gente trocou.

voce é o ar que te falta,      
morena..

sufoca não..
vai, que na volta
é que gira o chão.

se dessa vez não for de vir.. vai,   
que se a cama ecoar,
eu finjo que já é de bom dia,
e saio pra assoviar

...

agora que o barco é só teu
deixa navegar,
leve levando,
pra ver aonde..

vou indo eu..
também,
meu bem..

solta essa força,
e vai,
tá valendo a rua que a gente pintou.

tem tanto ar que você me falta,
morena..

sufóco não
vou, que nesse mar
é que gira meu chão.

se dessa vez não for de eu ir.. vai,
que se o silêncio apertar,
eu invento aquele acorde torto
afim de cantar.

...

dividimos nosso cais,
deixa desatar,
leve levando
pra ter aonde..

entre o mar e o ar,
que essa terra é firme
demais pra gente se encontrar

solta essa força
e vai,
tá valendo toda a diversão

nas minhas palavras pra dizer as de tantos,
morena.

sufoco em vão?
foi não..
sai na esquina pra ver que no ar não tem chão.

se dessa vez não for de voltar.. vai
que se eu não quiser me acostumar,
finjo que já é de amanhã,
afim de me enganar.

vai, vai... morena, vai..


040313