quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Algumas Rodas e Uma Carcaça Alaranjada

Pisquei uma, pisquei duas e quando abri, não sabia mais. De tempo a lugar..
Me vi. Eu. Só eu, porque o resto não sabia mais.
Nada além das cores, e essas nem todas, porque tambem mutam, como hora e lugar..
Então talvez, só reconhecesse as minhas (cores). Mas será?
Se já não sabia de tempo, lugar e cores, todos mutando e por consequência eu estando lá,
em todos os "lás"..
Por fim, não sei nada mais.

(jun 2009)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Iluminações múltiplas (parceladas em pouco espaço de tempo, se você entende o quero dizer)

O ser humano é engraçado. Tem uma incrível habilidade de sabotar a si mesmo. Procastina sonhos, poda vontades. Se reprime,
se esconde, se guarda em uma gaveta com chave de ouro, achando brava mente que está se protegendo. (Esquece da essência, se cobre com mil coisas.)
Mofa, escurece. Fica empoeirado, se perde em uma neblina. Desenvolve miopia, hipermetropia, astigmatismo.. tudo na frente do espelho,
uma série de desfoques para usar como desculpa. Desculpa para tudo.
Coisas assim parecem aumentar com o tempo, porque quando se é criança, é tudo claro, ou é ou não é.
É como seguir um linha estendida como guia, ela sempre vai, talvez às vezes pode ter umas voltas engraçadas, fazendo você
dar um looping e descobrir novos ângulos, mas sempre indo para lugar. O problema dos anos passando é quando você se da
conta que tem no meio dos pés um fio todo enozado(?), no qual você mesmo se embolou, se estagnou. Se parar pra desembolar com
pressa e nervosismo, é capaz que se estresse e resolva que tem que ficar ali embolado e que não tem jeito mesmo. Mas é algo
como cabelo, você briga, briga, briga. Usa quinze mil produtos e no fim descobre um dia que ele ficou bonito quando você resolveu
que ele é assim, aceitou. Desse dia em diante pode usar o shampoo mais duvidoso possível, e ele ficará lindo e sedoso como você
nunca viu.
Abrir a gaveta, acender a luz, toda ação tem reação. Tudo é porque é, ou.. não é! Não adianta chutar o fio embolado
adiante.

. . .

Mudança

De vez em quando me parece que todo dia preciso de uma vida nova.Talvez não, talvez só uma metamorfose continua, uma
constante evolução. Iluminações múltiplas (parceladas em pouco espaço de tempo, se você entende o quero dizer)
Nada de muito grande. Nada muito sério, só algo pra sentir que nada estagnou.
Quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem iguais. E essas mudanças só percebemos bem depois.
Não sei bem o que eu quero que mude, o que continue como está.
Acho que deveria parar de ir contra e deixar minha natureza em paz.
Acho que acho e penso demais.. as vezes.
Digno é evoluir a mente, o corpo, espírito e coração.
Algumas coisas não são para entender e sim para viver!
Não sei se entendo de mudar, mas entendo de não querer estagnar.

Minha cabeça as vezes corre por um vazio tão grande e tão cheio. Cheio de coisas que formam labirintos inconstantes e com
portas para todas as direções.

(29/05/08)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Past Perfect

Vamos revirar os arquivos..


E esse meu coração,
Agora dividido em dois.
Não sabe com quem se ajuntá
E qual deixa pra depois.
Mas e depois?
Quem disse que há de haver dois?
E se por esse o meu pará
de batê..
Piriga então os três chorá,
e eu vir a me arrependê.
Mas me disseram que é assim
mesmo,
Que é isso que o povo chama
de vivê..
E a essas altura não carece de se preocupá,
porque afinal das contas,
que graça tem essa vida
sem um bem pra amá?

(10/2008)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Algo sobre o inverno

"Deus sabe as cores do inverno o que querem dizer.
Todos os rabiscos que minha mente tenta,
Mesmo antes que minha caneta possa imaginar."

"Lágrimas? O que lágrimas querem dizer?
Só não me venha falar de frio,
Porque há calafrios que a mente não suporta."

Fórceps

A cabeça é tão vasta de ideias, que vazam para o papel. Penso ser bom, assim expressa e não corre o risco de cair no buraco negro de nossa memória.
Muitos foram os papéis, vários os documentos "txt". Adoro Bloco de Notas. Tantas dessas linhas com destino nunca chegaram. Em uma metarmorfose do pensamento o mais longe que foram, foi apenas, como disse, o Bloco de Notas. Motivos, trocentos. E agora, aqui, a chance de serem vistos (acho que só pra acabar com uma coisa de mostra ou não mostra, acho meio chata aquela situação de dar algo seu para alguém ver e ficar esperando a reação, opinão da pessoa. Seria algo como pôr pra fora e não me responsabilizar por isso. Tirar o peso de ser só meu, sem me preocupar, lê quem quer. E assim também não crio expectativas. Meio egoísta talvez..).

saíram da minha cabeça, não me pertencem mais. Uma sinestesia virada em palavras. Cores escritas, flutuando por aí.