sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

JACK THE BEAR

EU SOU A FELICIDADE VERDADEIRA DE JACK

Estamos em blocos de concreto,
empilhados como galinhas transgênicas.

EU SOU A REALIDADE AUMENTADA DE JACK

E da respiração pura,
pouco se salva nas manchas cinzas da selva de pedra.

EU SOU A DEVASTAÇÃO AMAZONICA DE JACK

Se enxergares com transparência teus proprios reflexos,
aboliras os preconceitos implicidos.

EU SOU A FACE DESMASCARADA DE JACK

E outro dia amanhece,
com linhas de sol persistindo em brotar na primavera cinza.

EU SOU A COMPLICAÇÃO DO PARTO DE JACK

De naturais cores,
hoje são só a maquiagem do concreto saturado.

EU SOU O ROSTO AMANHECIDO DE JACK

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mais um bocado

Porque por mais que a poesia persista, resista e dure, ela nada mais é do que um momento.
E a vida, é um bocado de momentos.
(ago/2009)

Eu sou os momentos atemporais de Jack.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pesa o espaço que não ocupa

Tristeza sem razão, oo coisa mais chata, inconveniente. Tudo cinza, tudo frio.
Vazio, essa ocupação pesada aqui de dentro.
Não é agonia, porque agonia não é tão down.. não é o frio, é falta de cor.
Essa hora que eu queria uma banheira de água quente, bem quente, um vinho bem tinto, uma chama bem amarela e músicas multicolores.. mas o chuveiro aqui de casa é uma linha de esperança morna que pesa leve na nuca e esfria de um segundo para o outro.
Hoje não sei pintar alegria em tons de cinza.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Para um dia cinza, memórias coloridas.

"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo, indo embora. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga idéia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como as borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói."

Cazuza

As coisas vem com a vida, na vida. E vem porque tem que vir, assim como a vida, ela, um todo. Vem e vão. Se põe.. sorte é aceitar, poder abandonar, entender porque veio e deixar ir.
Morremos um pouco todos os dias, e penso que não dói.. vivifíca.

...

Cais de Cores (A tormenta mais bonita que meu barco já viu)

Eu vinha navegando no mar, distraida, displicente sem par,
Sem prestar atenção no tapete que me servia de chão.
Foi quando de longe eu avistei um ponto de luz em meio a imensidão,
no meio da multidão de cinzas claras ao meu redor.
Foi chegar perto p/ ver que na luz estavam as cores que hoje sei de cor.

Num céu cheio de diamantes descobri um novo azul,
Embalada por uns mutantes vi o amor mudar de cor,
E em meio piscar meu mundo desbotado desabar
Comecei a falar baixo..

Bem que foi avisado, mas nesse infinito inesperado,
Acabei por me perder,
Desculpa coração, é que era tudo tão bonito, que quis de uma só vez.
Aí que no meio do nosso tempo inexistente o arco-íris se desfez,
e fez num sono..

Fui acordar sem saber a quanto tempo estava ali.. a sonhar.
Sentei com os pés na agua e resolvi navegar,
era hora de embarcar.

Ficou meu sonho tão colorido depois que cheguei,
Por isso é dificil me deixar ir,
mas os bons ventos sopram e é hora de partir.
Com as velas no ar, sei que se de longe avistar as 7 cores
E um infinito a mais, já com meio sorriso, reconheço teu cais..

(mar/2009)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Algumas Rodas e Uma Carcaça Alaranjada

Pisquei uma, pisquei duas e quando abri, não sabia mais. De tempo a lugar..
Me vi. Eu. Só eu, porque o resto não sabia mais.
Nada além das cores, e essas nem todas, porque tambem mutam, como hora e lugar..
Então talvez, só reconhecesse as minhas (cores). Mas será?
Se já não sabia de tempo, lugar e cores, todos mutando e por consequência eu estando lá,
em todos os "lás"..
Por fim, não sei nada mais.

(jun 2009)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Iluminações múltiplas (parceladas em pouco espaço de tempo, se você entende o quero dizer)

O ser humano é engraçado. Tem uma incrível habilidade de sabotar a si mesmo. Procastina sonhos, poda vontades. Se reprime,
se esconde, se guarda em uma gaveta com chave de ouro, achando brava mente que está se protegendo. (Esquece da essência, se cobre com mil coisas.)
Mofa, escurece. Fica empoeirado, se perde em uma neblina. Desenvolve miopia, hipermetropia, astigmatismo.. tudo na frente do espelho,
uma série de desfoques para usar como desculpa. Desculpa para tudo.
Coisas assim parecem aumentar com o tempo, porque quando se é criança, é tudo claro, ou é ou não é.
É como seguir um linha estendida como guia, ela sempre vai, talvez às vezes pode ter umas voltas engraçadas, fazendo você
dar um looping e descobrir novos ângulos, mas sempre indo para lugar. O problema dos anos passando é quando você se da
conta que tem no meio dos pés um fio todo enozado(?), no qual você mesmo se embolou, se estagnou. Se parar pra desembolar com
pressa e nervosismo, é capaz que se estresse e resolva que tem que ficar ali embolado e que não tem jeito mesmo. Mas é algo
como cabelo, você briga, briga, briga. Usa quinze mil produtos e no fim descobre um dia que ele ficou bonito quando você resolveu
que ele é assim, aceitou. Desse dia em diante pode usar o shampoo mais duvidoso possível, e ele ficará lindo e sedoso como você
nunca viu.
Abrir a gaveta, acender a luz, toda ação tem reação. Tudo é porque é, ou.. não é! Não adianta chutar o fio embolado
adiante.

. . .

Mudança

De vez em quando me parece que todo dia preciso de uma vida nova.Talvez não, talvez só uma metamorfose continua, uma
constante evolução. Iluminações múltiplas (parceladas em pouco espaço de tempo, se você entende o quero dizer)
Nada de muito grande. Nada muito sério, só algo pra sentir que nada estagnou.
Quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem iguais. E essas mudanças só percebemos bem depois.
Não sei bem o que eu quero que mude, o que continue como está.
Acho que deveria parar de ir contra e deixar minha natureza em paz.
Acho que acho e penso demais.. as vezes.
Digno é evoluir a mente, o corpo, espírito e coração.
Algumas coisas não são para entender e sim para viver!
Não sei se entendo de mudar, mas entendo de não querer estagnar.

Minha cabeça as vezes corre por um vazio tão grande e tão cheio. Cheio de coisas que formam labirintos inconstantes e com
portas para todas as direções.

(29/05/08)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Past Perfect

Vamos revirar os arquivos..


E esse meu coração,
Agora dividido em dois.
Não sabe com quem se ajuntá
E qual deixa pra depois.
Mas e depois?
Quem disse que há de haver dois?
E se por esse o meu pará
de batê..
Piriga então os três chorá,
e eu vir a me arrependê.
Mas me disseram que é assim
mesmo,
Que é isso que o povo chama
de vivê..
E a essas altura não carece de se preocupá,
porque afinal das contas,
que graça tem essa vida
sem um bem pra amá?

(10/2008)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Algo sobre o inverno

"Deus sabe as cores do inverno o que querem dizer.
Todos os rabiscos que minha mente tenta,
Mesmo antes que minha caneta possa imaginar."

"Lágrimas? O que lágrimas querem dizer?
Só não me venha falar de frio,
Porque há calafrios que a mente não suporta."

Fórceps

A cabeça é tão vasta de ideias, que vazam para o papel. Penso ser bom, assim expressa e não corre o risco de cair no buraco negro de nossa memória.
Muitos foram os papéis, vários os documentos "txt". Adoro Bloco de Notas. Tantas dessas linhas com destino nunca chegaram. Em uma metarmorfose do pensamento o mais longe que foram, foi apenas, como disse, o Bloco de Notas. Motivos, trocentos. E agora, aqui, a chance de serem vistos (acho que só pra acabar com uma coisa de mostra ou não mostra, acho meio chata aquela situação de dar algo seu para alguém ver e ficar esperando a reação, opinão da pessoa. Seria algo como pôr pra fora e não me responsabilizar por isso. Tirar o peso de ser só meu, sem me preocupar, lê quem quer. E assim também não crio expectativas. Meio egoísta talvez..).

saíram da minha cabeça, não me pertencem mais. Uma sinestesia virada em palavras. Cores escritas, flutuando por aí.